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terça-feira, 7 de outubro de 2008

APRENDENDO COM MOISÉS – por Patrick Cézar


No decorrer da narrativa bíblica encontramos a história de verdadeiros homens de Deus. Homens que mesmo em meio a suas fraquezas, enquanto seres humanos, puderam desfrutar da maravilhosa Graça de Deus. Eles não eram super-homens, não possuíam poderes sobre-humanos e nem tinham capacidades incomuns como os mutantes da serie HEROES. Eram pessoas simples e dotadas de imperfeições e grandes falhas.

Durante esta semana tenho estudado a vida de uma desses homens de Deus. Imperfeitos e com um passado marcado pela falhar e o pecado, o nome dele é Moisés, o grande líder e legislador do Povo de Israel.

Tenho meditado em alguns momentos da vida deste homem de Deus e tenho percebido que ele não era muito diferente de cada um de nós, cristãos normais que vivenciamos a realidade do século XXI.

Quando eu era mais novo tinha uma idéia, um tanto simplista, que todo homem de Deus não deveria ter nenhuma falha e que deveria ser o grande exemplo para os crentes que ele liderava. Eu não aceitava que um líder cometesse erros e mesmo assim fosse considerado como padrão. Porém, ao estudar a história de Moisés, através do devocionário escrito pelo Rev. John Stott (A BÍBLIA TODA, O ANO TODO, Viçosa, MG: Ultimato, 2007), pude perceber que este homem de Deus também passou por momentos difíceis e também cometeu erros considerados por muito em nossos dias como inaceitáveis para um líder cristão. Dessa forma, contrariando a minha idéia simplista da infância.

Moisés carregava em seu passado o sangue de um homem que ele matara e que o levou a fugir para se esconder por quarenta anos em Midiã, porém Deus tinha algo para realizar através daquele homem que tentou, no passado distante, fazer justiça com as próprias mãos.
Diante deste fato pude perceber que mesmo diante de várias injustiças não devemos agir por nossa própria conta para estabelecer aquilo que consideramos justo, mas devemos esperar pelo tempo do Senhor, pois é o Senhor que retribui a cada um a parte certa. Também percebi que Deus conduziu Moisés para a terra de Mídia para poder esfriar a cabeça e poder aprender, como diz Stott, “que só é possível fazer a vontade de Deus do jeito dele.” (p. 54).

Mas as lições sobre a vida de Moisés não param por aqui, num segundo momento de sua vida quando Deus chama-o para libertar o seu povo pude perceber a humanidade de Moisés. Ao apresentar os seus obstáculos para não realizar a obra de Deus, Moisés destaca três coisas que ele considera relevantes para impedi-lo de realizar o que Deus queria.

Primeiro, ele não estava acreditando que tinha capacitação para a tarefa, porém Deus desarticula a sua argumentação afirmando que estaria com ele todo o tempo. Em seguida ele demonstra que os israelitas não iriam acreditar na sua palavra; eles sabiam que ele tinha matado um homem no passado. Então Deus concede a ele a capacidade de operar milagres para que o povo soubesse que Deus era com ele e que acreditava nele independente do ele tinha feito no passado. E em terceiro lugar, ele afirma não ter eloqüência e que possuía dificuldades físicas para exercer este ministério, no entanto Deus mais uma vez quebra a sua argumentação com uma contundente afirmativa, fora ele quem criara a boca dele e que estaria com ele todos os momentos.

Nesta situação pude aprender que Deus conta com pessoas com falhas e com limitações. Não são super-homens que ele chama para a sua obra, mas sim pessoas que crêem na sua palavra e no poder que ele tem de transformar vidas através de nossas vidas. Deus não vive de passado!

Por fim, um momento que me chamou a atenção foi o momento do confronto de Moisés e o Faraó, onde Deus iria manifestar a sua justiça e poder entre os egípcios. E Stott faz uma pergunta em seu devocionário: “Qual o propósito de todas estas pragas?” e ele responde citando um texto sagrado: “Para que você saída que eu sou o Senhor.” (Êx. 9.14). Nesta situação pude aprender que todas as circunstâncias da vida acontecem para o louvor da glória do nome do Senhor e mesmo que elas sejam negativas aos nossos olhos sabemos que Deus continua sendo Deus e Senhor de nossas vidas e que ele continua reinando assentado sobre todo o universo.

Somente a Deus a Glória!

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