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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Culturas urbanas: um desafio para a igreja na cidade

O contexto urbano oferece uma diversidade de grupos que precisam ouvir o evangelho. A igreja deve estar preparada para lidar com a diversidade cultural da cidade. Ela não pode se esquivar dessa responsabilidade, pois foi chamada para brilhar nas trevas. Para isso é preciso que estejamos prontos a nos aperfeiçoar e investir recursos no alcance dos grupos urbanos.

A preparação dos cristãos deve começar com uma perspectiva teológica que permita ver o homem além do estereótipo. Grupos como góticos, punks, prostitutas, travestis, homossexuais, etc. dificilmente frequentarão uma igreja tradicional. A pressão exercida pela igreja local é um empecilho àqueles que desejam se aproximar de Deus sem serem rechaçados por causa do seu estilo de vida.

A Bíblia nos mostra uma antropologia que coloca todos os homens como pecadores (Romanos, 3:23) e criados a imagem de Deus (Gênesis, 1:26). Um estilo de vida só nos torna diferentes superficialmente, mas interiormente somos todos iguais. A igreja não pode permitir que o estilo de vida seja um empecilho ao anúncio do evangelho. A mensagem que recebemos de Deus em sua palavra precisa transpor a capa do coração pecaminoso.

Aceitar um gótico parece ser algo inimaginável para algumas igrejas. Muitos membros têm suas razões para rechaçarem os tatuados e seus piercings. Acham que aquilo não condiz com o templo. Numa sacralização do humano criam uma cultura que repele os sedentos de Deus. Deixam de ser a fonte de vida, permitindo que muitos morram de sede espiritual. Para aqueles é melhor continuar sua vida na escuridão e em suas práticas pecaminosas a ter que encarar os olhares preconceituosos dos que julgam estar num “patamar superior”.

Enxergar além das imagens externas é um desafio para os cristãos que estão acostumados a uma cultura humana sacralizada. Num primeiro momento aceitar os que vêm do mundo marcados por histórias excêntricas é quase um pecado. Exige-se uma transformação imediata. Todavia, como transforma uma vida em tão pouco tempo? Assim como uma ovelha que andou por entre os carrapichos da vida essas pessoas precisam do nosso amor. Este nos capacitará a tirar os espinhos da nova ovelha.

Na conversão todos nós recebemos um novo princípio, pelo qual agimos por toda a vida. Esse princípio não opera uma mudança instantânea. Um drogado pode levar anos de tratamento até poder se libertar das drogas. A mudança é paulatina. Aos poucos os vícios vão sendo curados, contudo o indivíduo não será perfeito. Por outro lado, o discipulado auxiliará na lapidação do caráter do neófito. O evangelho dar os seus frutos quando o terreno do coração é bem cuidado. Aqueles a quem tratamos precisam aprender a frutificar segundo o evangelho. Nosso papel é ajudá-los a viverem como Cristo.

A igreja do século XXI é uma igreja urbana. Precisamos nos inteirar dos dilemas urbanos e intervir por meio do evangelho nas várias culturas existentes na cidade. 
Fonte:  http://missiocrista.blogspot.com/2011/10/culturas-urbanas-um-desafio-para-igreja.html

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